Coletânea de questões:
Promotor de Justiça - Direito Penal - BBBDAA
40 questões

1

IDR7007

Direito Penal
Tags:
  • Direito Civil
  • Prescrição Penal
  • Falsidade Ideológica
  • Registro Civil

Bento e Adriana, após inúmeras tentativas frustradas de engravidar, optaram por fazer acordo com Carla, mãe solo que não pretendia ficar com o seu bebê recém-nascido. O acordo consistiu em Bento reconhecer a paternidade do recém-nascido no cartório e obter a sua guarda e, posteriormente, Adriana ser incluída no registro como mãe socioafetiva.

Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta. 

A conduta de Adriana e Bento é atípica, pois, ao registrar criança rejeitada pela mãe biológica, o casal agiu por motivo de reconhecida nobreza.

Ao ter sido incluída no registro de nascimento como mãe da criança, Adriana consumou o crime de parto suposto.

Bento e Carla, que confirmou a falsa paternidade, deverão responder pelo crime de falsidade ideológica qualificado pela alteração de registro civil.  

Bento praticou o crime de sonegação de estado de filiação ao ter privado o bebê do reconhecimento de paternidade pelo verdadeiro genitor.  

A prescrição do delito de Bento, caracterizado pelo registro do filho de outrem como seu, iniciar-se-á da data em que o fato se tornar conhecido.

2

IDR9885

Direito Penal
Tags:
  • Direito Processual Penal
  • Progressão de Regime Prisional
  • Decisão Judicial e seus Efeitos

Em relação à progressão de regime, julgue o item abaixo.

A decisão que defere a progressão de regime tem natureza constitutiva, devendo o termo inicial ser a data em que efetivamente tenha sido deferida a progressão.

Certo

Errado

3

IDR12691

Direito Penal
Tags:
  • Tentativa e Consumação

Sobre tentativa e consumação, assinale a alternativa correta:

Dentre as teorias da tentativa, utilizadas para definir o início de realização da ação típica, a teoria subjetiva não considera elementos objetivos, a teoria objetiva formal não considera elementos subjetivos e as teorias objetiva material e objetiva individual consideram elementos objetivos e subjetivos.

No arrependimento posterior, o agente esgota todos os atos necessários para a produção do resultado de lesão ao bem jurídico, mas mediante nova ação impede a concretização deste resultado. 

A denominada desistência da tentativa pode se verificar tanto na hipótese de tentativa acabada, assim como na hipótese de tentativa inacabada, sendo que em cada uma destas hipóteses, o agente responde somente pelos atos já praticados.

Na tentativa inidônea, existe um erro de proibição ao contrário: o agente imagina erroneamente que sua conduta configura um ilícito penal, quando na realidade, trata-se de uma ação atípica e, portanto, penalmente impunível.

Desconhecendo que sua arma de fogo contém apenas munições de festim, durante a madrugada A realiza disparos com dolo de homicídio contra o desafeto B e, realmente acreditando ter obtido êxito, abandona rapidamente o local: trata-se de hipótese de tentativa falha e, portanto, penalmente impunível.

4

IDR9167

Direito Penal
Tags:
  • Lei Antidrogas e Lei Maria da Penha

Considerando o entendimento dos tribunais superiores acerca da Lei Antidrogas e da Lei Maria da Penha, julgue os itens a seguir.

I. A majorante do tráfico transnacional de drogas configura-se com a efetiva transposição de fronteiras entre dois ou mais países.

II. Para a incidência da majorante da interestadualidade, é desnecessária a efetiva transposição de fronteiras entre estados da Federação, sendo suficiente a demonstração inequívoca da intenção de realizar o tráfico interestadual de drogas.

III. A prática de crime mediante grave ameaça contra a mulher no ambiente doméstico impede a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, independentemente da condição de primariedade do réu.

IV. Haja vista a interpretação restritiva do direito penal, para a configuração da violência doméstica e familiar prevista na Lei Maria da Penha é necessária a comprovação da coabitação de autor e vítima.

Estão certos apenas os itens

I e II.

I e III.

II e III.

II e IV.

III e IV.

5

IDR10105

Direito Penal
Tags:
  • Continuidade Delitiva

Em relação à continuidade delitiva, assinale a opção correta.

Não se admite continuidade delitiva nos crimes contra a vida.

Se inviável a aferição do número exato de crimes, o magistrado pode aumentar a pena no patamar máximo legal de 2/3 com base no longo período de tempo em que tenham sido praticados os crimes.

É admissível a continuidade delitiva entre os crimes de roubo e extorsão, se cometidos nas condições de tempo, lugar e outras semelhantes que permitam que os crimes subsequentes sejam considerados continuação do primeiro.

A diversidade do modo de execução de crimes de roubo não afasta a possibilidade de reconhecimento da continuidade delitiva.

O reconhecimento da continuidade delitiva implica a obrigatoriedade de fixação da pena em patamar inferior ao que seria aplicável com base no cúmulo material.

6

IDR8703

Direito Penal
Tags:
  • Consumação dos crimes de furto e roubo

Conforme jurisprudência dominante no STJ, nos crimes de furto e roubo (arts. 155 e 157 do CP) a consumação do fato típico somente ocorre com a posse mansa e pacífica, o que não se verifica no caso de perseguição imediata do agente e recuperação da coisa subtraída.

Certo

Errado

7

IDR7067

Direito Penal , Legislação Federal
Tags:
  • Estatuto do Torcedor - Lei nº 10.671 de 2003

A conduta de simplesmente invadir local restrito aos competidores em eventos esportivos

configura contravenção equiparada à de vias de fato, por expressa disposição do Estatuto de Defesa do Torcedor.

configura crime equiparado ao de ameaça, por expressa disposição do Estatuto de Defesa do Torcedor.

configura crime assemelhado ao de violação de domicílio, por se tratar de local não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade, por expressa disposição do Estatuto de Defesa do Torcedor.

configura crime previsto no Estatuto de Defesa do Torcedor.

não constitui fato típico.

8

IDR8695

Direito Penal
Tags:
  • Crimes contra a ordem tributária
  • Tentativa de crime e normas subsidiárias

Não é aplicável o art. 14, II, do CP à tentativa de sonegação tipificada no art. 1º da Lei n.º 8.137/1990, devido à existência de tipo subsidiário específico para a hipótese

Certo

Errado

9

IDR10843

Direito Penal
Tags:
  • Substituição da pena privativa de liberdade por penas restritivas de direitos

Um indivíduo foi condenado por furto qualificado, na modalidade tentada, à pena de 1 ano e 6 meses. Na análise de antecedentes penais, verificou-se que ele era reincidente, pois havia sido condenado pela prática de lesões corporais culposas, cuja sentença transitou em julgado antes da prática do furto, mas os elementos subjetivos eram, apesar disso, favoráveis.

Nessa situação, o juiz deve 

impor o regime inicial semiaberto, sem possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade. 

impor o regime inicial fechado, sem possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade. 

impor o regime inicial aberto, sem possibilidade de substituição da pena privativa de liberdade. 

substituir a pena privativa de liberdade por multa ou por pena restritiva de direitos. 

substituir a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos. 

10

IDR10179

Direito Penal
Tags:
  • Direito Processual Penal
  • Lei de Abuso de Autoridade
  • Efeitos da Condenação

Sobre a Lei de Abuso de Autoridade (Lei n.º 13.869/19), assinale a alternativa CORRETA:

A Lei de Abuso de Autoridade, para fins de decretação da perda do cargo, mandato ou função, exige a reincidência específica em delito de abuso de autoridade, mas não se refere ao quantum da pena.

A perda do cargo, mandato ou função é um efeito automático da sentença condenatória, não dependendo de decretação expressa.

Como efeito da condenação, há previsão de inabilitação para cargo, mandato ou função pública, pelo prazo de 5 (cinco) a 10 (dez) anos.

Dentre as penas restritivas de direitos previstas na Lei de Abuso de Autoridade se encontram a suspensão do cargo, função ou mandato, pelo prazo de 03 (três) a 06 (seis) meses, sem a perda dos vencimentos, e a prestação de serviços à comunidade.