Coletânea de questões:
Promotor de Justiça - Direito Penal - AC2657
40 questões

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IDR10112

Direito Penal , Legislação Federal
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  • Crimes de responsabilidade praticados por prefeitos

Em relação aos crimes de responsabilidade praticados por prefeitos, assinale a opção correta de acordo com o Decreto-lei n.º 201/1967.

A sujeição do prefeito à instauração de processo por crime de responsabilidade cessa com a extinção do mandato.

Havendo a imputação do crime de responsabilidade em concurso com outro crime cujo rito aplicável seja o do Código de Processo Penal (CPP), deve ser aplicado o procedimento comum.

O descumprimento de ordem judicial pelo prefeito, sem a explicitação do motivo da recusa ou da impossibilidade por escrito, configura infração político-administrativa, mas não penal. 

O uso, pelo prefeito, de verbas oriundas do Fundo Nacional da Saúde, destinadas a determinado programa de saúde, para pagamento de dívidas da secretaria de saúde com instituto de previdência municipal configura o crime de desvio de verbas públicas, previsto como crime de responsabilidade, independentemente de haver prejuízo à administração pública.

A entrega da prestação de contas após o prazo legal é suficiente para configurar o crime de deixar de prestar contas da aplicação de recursos recebidos a qualquer título, tipificado como crime de responsabilidade, por configurar crime de mera conduta. 

12

IDR10246

Direito Penal
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  • Reincidência Penal

Alberto praticou cinco infrações penais distintas. Foi processado e condenado cinco vezes, conforme resume o quadro a seguir. Em todos os cinco processos, foram devidamente acostadas as Folhas de Antecedentes atualizadas e as respectivas certidões criminais cartorárias dos feitos informados.

PROCESSO DATA DO FATO E TIPIFICAÇÃO PENA APLICADA DATA DO TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PARA AMBAS AS PARTES DATA DO INÍCIO DE CUMPRIMENTO DE PENA
I 03.01.2008 – Substituição de convocado (art. 185 do Código Penal Militar) 8 meses de detenção 02.02.2010  03.03.2010
II 03.03.2010 – Vias de fato (art. 21 do Decreto-Lei n.º 3.688/41) 2 meses de prisão simples 01.03.2011 05.04.2011
II 04.04.2011 – Lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3º, do Código Penal) 4 anos e 3 meses de reclusão 02.04.2012 08.07.2012
IV 09.07.2012 – Homicídio culposo (art. 121, §3º, do Código Penal) 1 ano e 2 meses de detenção 10.07.2013 10.07.2013
V 13.07.2018 – Lesão corporal gravíssima (art. 129, § 2º, I, do Código Penal) 6 anos de reclusão 15.03.2019 18.04.2019

Pode-se afirmar que o Juiz certamente considerou Alberto reincidente nas sentenças condenatórias referentes apenas aos processos

III e IV.

IV e V.

II, III, IV e V.

II e III.

III, IV e V.

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IDR8369

Direito Penal
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  • Relação de causalidade e concausas no Direito Penal

Sobre o tema da relação de causalidade e das concausas, assinale a alternativa que está de acordo com a(s) teoria (s) adotada (s) pelo Código Penal (CP, art. 13, caput e § 1º):

"A" efetua disparos de arma e fogo conta "B", atingindo-o em regiões vitais. O exame necroscópico, no entanto, conclui que a morte de "B" foi causada pelo envenenamento anterior efetuado por "C", que era seu desafeto. "A" deve responder pelo crime de homicídio consumado.   

"A" subministra dose letal de veneno a "B", mas antes que produzisse o efeito desejado, surge, "C", antigo desafeto de "B", que contra ele efetua vários disparos de arma de fogo, matando, assim, "B". "A" não responderá por tentativa de homicídio e nem pelo homicídio consumado, já que sua conduta em nada contribuiu com o resultado morte. 

"A", com a intenção de matar, efetua disparos de arma de fogo contra "B", sendo este levado ao hospital para intervenção cirúrgica. Ocorre que em razão a anestesia (ou mesmo por causa de uma infecção hospitalar) "B" vem a falecer. "A" deve responder pelo crime de homicídio consumado.

"A", com a intenção de matar, efetua disparos de arma de fogo contra "B", sendo este colocado em uma ambulância para ser levado ao hospital para intervenção cirúrgica. Ocorre que no trajeto o veículo se envolve em uma colisão fatal, tendo "B" falecido em razão do acidente. "A" deve responder pelo crime e homicídio consumado.

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IDR8279

Direito Penal
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  • Crime de Furto

Joaquim, com o intuito de fornecer energia elétrica a seu pequeno ponto comercial situado em via pública, efetuou uma ligação clandestina no poste de energia elétrica próximo a seu estabelecimento. Durante dois anos, ele utilizou a energia elétrica dessa fonte, sem qualquer registro ou pagamento do real consumo. Em fiscalização, foi constatada a prática de crime, e, antes do recebimento da denúncia, Joaquim quitou o valor da dívida apurado pela companhia de energia elétrica.

Consoante a jurisprudência do STJ, nessa situação hipotética, Joaquim praticou o crime de

furto mediante fraude, cuja punibilidade foi extinta com o pagamento do débito antes do oferecimento da denúncia.

estelionato, cuja punibilidade foi extinta com o pagamento do débito antes do oferecimento da denúncia.

furto simples, cuja punibilidade não foi extinta com o pagamento do débito, apesar de essa circunstância poder caracterizar arrependimento posterior.

estelionato, cuja punibilidade não foi extinta com o pagamento do débito, apesar de essa circunstância poder caracterizar arrependimento posterior.

furto mediante fraude, cuja punibilidade não foi extinta com o pagamento do débito, apesar de essa circunstância poder caracterizar arrependimento posterior.

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IDR6706

Direito Penal
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  • Circunstâncias agravantes e atenuantes

Sobre as circunstâncias agravantes e atenuantes previstas na parte geral do Código Penal, assinale a alternativa CORRETA

A embriaguez voluntária sempre aumenta a pena.

A pena é atenuada, em qualquer caso, se o agente tiver praticado o crime sob influência de multidão em tumulto.

A pena é aumentada se o agente praticar o delito em ocasião de desgraça particular do ofendido.

A pena é aumentada no caso de o agente coagir outrem a participar, de qualquer modo, do delito. 

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IDR8127

Direito Penal
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  • Crimes contra a dignidade sexual

A respeito de CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL, conforme o STJ, é CORRETO afirmar que:

É possível a desclassificação do crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP) para o de importunação sexual (art. 215-A, do CP), se as carícias forem por cima da roupa.

Não é possível a configuração do crime de assédio sexual (Art. 216-A, do CP) entre professor e aluno, porque inexiste relação hierárquica ou de ascendência, inerentes ao exercício do emprego, cargo ou função, próprios do tipo.

A incidência da causa de aumento de pena referente à condição de padrasto do autor (art. 226, II, do CP) afasta a aplicação da agravante relativa à prevalência das relações domésticas em ambiente familiar (art. 61, II, “f”, do CP), sob pena de bis in idem.

A contemplação lasciva pode tipificar o crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do CP).

No estupro de vulnerável (art. 217-A do CP), o trauma psicológico, decorrente do fato, é suficiente para a valoração negativa das consequências do crime (art. 59 do CP).

17

IDR6862

Direito Penal
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  • Execução Penal

João foi condenado à pena de detenção, a ser inicialmente cumprida no regime semiaberto. Apesar disso, foi recolhido, por determinação do juízo competente em matéria de execução penal, a estabelecimento penal destinado a presos que cumpriam pena no regime fechado, devendo ajustar-se a este último regime até que sobrevenha vaga em local adequado.

À luz da sistemática vigente, a decisão do juízo mostra-se: 

correta, pois João deve cumprir pena privativa de liberdade e, na ponderação entre a mínima lesão à sua esfera jurídica e o interesse público a ser satisfeito, este último deve prevalecer;

incorreta, pois, na falta de estabelecimento adequado ao regime imposto, devem ser adotadas medidas alternativas, como a saída antecipada do regime com falta de vagas;

correta, pois os regimes de cumprimento da pena, com exceção do aberto, são intercambiáveis, independendo das características do respectivo estabelecimento;

correta, desde que seja cominada à infração penal praticada por João pena que também admita o seu cumprimento no regime inicialmente fechado;

incorreta, pois é vedado que João cumpra a pena em regime fechado, logo, o deferimento de sua liberdade incondicionada é medida que se impõe.

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IDR9876

Direito Penal
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  • Direito Processual Penal
  • Saída Temporária
  • Lei de Execução Penal

Com base na legislação penal extravagante, julgue o item abaixo. 

O condenado que seja réu primário e esteja cumprindo a pena em regime semiaberto poderá, após oitiva do Ministério Público e da administração penitenciária, obter autorização do juiz da execução para saída temporária, sem vigilância direta, para frequentar curso supletivo profissionalizante, caso tenha cumprido um sexto da pena e preencha os demais requisitos previstos para a obtenção do benefício.  

Certo

Errado

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IDR9959

Direito Penal
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  • Erro de Tipo e Erro de Proibição
  • Crime Impossível
  • Aberratio Ictus

Considere as seguintes situações:

I. um aluno, ao final da aula, inadvertidamente, coloca em sua pasta um livro de um colega, pensando sinceramente ser o seu;

II. uma pessoa pretende matar seu desafeto e, quando sai à sua procura, encontra-se com um sósia de seu inimigo e, por confundi-lo com a vítima visada, acaba matando a pessoa errada, ou seja, o sósia;

III. um policial à paisana finge-se embriagado e, para chamar a atenção de um ladrão, com quem conversa em um bar, diz que está com muito dinheiro na carteira. O ladrão decide roubá-lo na saída do bar; ao fazê-lo, contudo, é preso em flagrante, por outros policiais à paisana que acompanhavam os fatos;

IV. José se depara com um sósia de seu inimigo que leva a mão à cintura, como se fosse sacar algum objeto; José, ao ver essa atitude, pensa estar prestes a ser atingido por um revólver e, por esse motivo, saca sua arma, atirando contra a vítima, que nada possuía nas mãos ou na cintura.

Tais ocorrências configuram, respectivamente:

erro de proibição; erro de tipo acidental; delito putativo por obra de agente provocador; descriminante putativa.

erro de tipo essencial; erro de tipo acidental; crime impossível; erro de tipo permissivo.

erro de tipo acidental; erro de tipo essencial; descriminante putativa; erro de proibição.

erro de tipo essencial; erro de proibição; delito de experiência; descriminante putativa.

erro de tipo acidental; Aberratio ictus; crime impossível; erro de tipo permissivo. 

20

IDR7629

Direito Penal
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  • Funcionário público para fins penais

Com relação aos crimes previstos na Parte Especial do Código Penal, julgue o item abaixo.

O advogado dativo é considerado funcionário público para fins penais.

Certo

Errado