Questões da prova:
TJAP - Juiz de Direito - 2022 - FGV
94 questões

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IDR4800

Direito Penal
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  • Individualização da pena

A individualização da pena é submetida aos elementos de convicção judiciais acerca das circunstâncias do crime.

A jurisprudência e a doutrina passaram a reconhecer, como regra, como critério ideal para individualização da reprimenda base o aumento:

na fração de 1/4 por cada circunstância;

na fração de 1/6 por cada circunstância;

na fração de 1/8 por cada circunstância;

no quantum determinado de seis meses;

no quantum determinado de oito meses. 

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IDR4801

Direito Penal

A prisão do agente em local conhecido por venda de drogas:

faz incidir causa de aumento de pena;

faz incidir agravante genérica;

faz incidir agravante específica; 

impõe a exasperação da pena-base;

não afasta a possibilidade de aplicação de tráfico privilegiado.

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IDR4802

Direito Penal
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  • Desistência voluntária, arrependimento eficaz e arrependimento posterior

Sobre os institutos da desistência voluntária, do arrependimento eficaz e do arrependimento posterior, é correto afirmar que:

a não consumação, por circunstâncias alheias à vontade do agente, é compatível com a desistência voluntária;

o reconhecimento da desistência voluntária dispensa o exame do Iter criminis;

as circunstâncias inerentes à vontade do agente são irrelevantes para a configuração da desistência voluntária;

o arrependimento eficaz e a desistência voluntária somente são aplicáveis a delito que não tenha sido consumado;

o reconhecimento da desistência voluntária dispensa o exame do elemento subjetivo da conduta.

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IDR4803

Direito Penal

Quanto à valorização artificial de bens ou falsa especulação com ativos (reverse flips), no crime de lavagem de capitais, é correto afirmar que:

o lavador adquire o bem por valor bastante inferior ao valor de mercado, registrando no instrumento do negócio jurídico um valor nominal igual ao da aquisição, pagando a diferença informalmente;

após a compra, o lavador deve realizar benfeitorias no bem, o revender a terceiro, registrando no instrumento do negócio jurídico valor fictício, atenuando o valor do tributo correspondente devido;

o lavador adquire o bem por valor bastante superior ao valor de mercado, registrando no instrumento do negócio jurídico um valor nominal igual ao da aquisição, recebendo a diferença em relação ao valor real informalmente;

após a compra, o lavador, realizando ou não benfeitorias no bem, o revende a terceiro, registrando no instrumento do negócio jurídico seu valor superior, visando regularizar o valor negociado informalmente;

o lavador adquire o bem pelo seu valor de mercado, registrando no instrumento do negócio jurídico um valor nominal inferior ao da aquisição, pagando a diferença informalmente.

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IDR4805

Direito Penal
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  • Direito Digital

Veículos autônomos são aqueles motorizados cujo movimento no trânsito é, de diversas formas, determinado por algoritmo pré-programado, e não por pessoa sentada ao volante. Por trás de uma máquina autônoma, há uma pessoa física que, de alguma forma, interferiu em seu funcionamento, normalmente pela programação e inserção de dados. Assim, em relação à imputação subjetiva do resultado, se reconhece a possibilidade de ocorrência de crime doloso ou culposo.

Nas hipóteses de punibilidade culposa, é correto afirmar que:

quem introduz no mundo um agente inteligente, com capacidade de aprendizagem conforme as informações sejam inseridas, pode negar sua responsabilidade pelos danos causados por reações equivocadas não previsíveis;

os robôs com inteligência artificial são agentes morais genuínos e sua programação interna funciona segundo um sistema de “méritos” e “deméritos” para certas decisões que eles tomam;

os denominados “algoritmos de acidente”, aqueles que selecionam vítimas em casos de inevitável colisão no tráfego dos carros autônomos, geram responsabilidade penal pela morte decorrente de atropelamento;

os robôs com inteligência artificial são máquinas que completam suas tarefas conforme sua programação, que equivale à autodeterminação humana sobre razões morais;

a possibilidade de programar o veículo para escolher uma vida para sacrificar, com o intuito de salvar outras, quando o acidente for inevitável, atrai a incidência do estado de necessidade, excluindo a responsabilidade do programador.

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IDR4806

Direito Processual Penal

Determinada investigação foi instaurada para apurar estelionato consistente em fraude, ocorrido em 02 de julho de 2020, em Macapá, na obtenção de auxílio emergencial concedido pelo Governo Federal, por meio da Caixa Econômica Federal, em decorrência da pandemia da Covid-19. Jack declarou na investigação que realizou depósito em sua conta do “ComércioRemunerado”, no valor de R$ 600,00 e depois percebeu que aquela quantia foi transferida para Russel, sendo que não foi Jack quem realizou a operação financeira nem a autorizou. Russel assinalou que a aludida quantia foi realmente transferida para sua conta no “ComércioRemunerado” e foi declarada como pagamento de conserto de motocicleta, para enganar os órgãos competentes e conseguir a antecipação do auxílio emergencial. Disse que foi Fênix, proprietária de uma loja de manutenção de telefones celulares, quem lhe propôs a prática de tais condutas, acrescentando que seria um procedimento legal, e ainda ofereceu R$ 50,00 para cada antecipação passada em sua máquina do “ComércioRemunerado”, sendo que Jack praticou a conduta quatro vezes. Disse ainda que o dinheiro entrava em sua conta no “ComércioRemunerado” e era transferido para a conta de Fênix. O auxílio emergencial era disponibilizado pela União, por meio da Caixa Econômica Federal.

A competência para o processo e julgamento do presente caso é do(a):

Justiça Federal em primeiro grau;

Justiça Federal em segundo grau;

Justiça Estadual em primeiro grau;

Justiça Estadual em segundo grau;

Superior Tribunal de Justiça. 

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IDR4807

Direito Processual Penal
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  • Intimação de Réu

A intimação de réu solto assistido pela Defensoria Pública ou patrocinado por advogado dativo, quanto à sentença penal condenatória, deve ocorrer:

por publicação no órgão da imprensa oficial;

por meio eletrônico;

pessoalmente;

na pessoa do seu patrono;

em audiência.

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IDR4808

Direito Processual Penal
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  • Direito Penal
  • Colaboração Premiada
  • Lei de Proteção a Testemunhas

Nas hipóteses de colaboração premiada, a combinação das Leis n.º 9.807/1999 e n.º 11.343/2006, permite a concessão da seguinte sanção premial não originariamente prevista na Lei de Drogas:

diminuição de pena;

progressão de regime;

fixação de regime inicial mais benéfico;

improcessabilidade;

perdão judicial.

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IDR4809

Direito Processual Penal
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  • Ingresso forçado em domicílio
  • Ônus da prova

O Superior Tribunal de Justiça tem entendido, quanto ao ingresso forçado em domicílio, que não é suficiente apenas a ocorrência de crime permanente, sendo necessárias fundadas razões de que um delito está sendo cometido, para assim justificar a entrada na residência do agente, ou, ainda, a autorização para que os policiais entrem no domicílio.

Segundo a nova orientação jurisprudencial, a comprovação dessa autorização, com prova da voluntariedade do consentimento, constitui:

interesse processual do acusado;

interesse processual da acusação;

faculdade da acusação; 

faculdade do acusado;

ônus da acusação.

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IDR4810

Direito Processual Penal
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  • Procedimento dos crimes dolosos contra a vida

Em relação ao procedimento dos crimes dolosos contra a vida, é correto afirmar que é:

inadmissível a pronúncia do réu, sem qualquer lastro probatório produzido em juízo, fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na fase inquisitorial;

admissível a pronúncia do réu, sem qualquer lastro probatório produzido em juízo, fundamentada exclusivamente em elementos informativos colhidos na fase inquisitorial;

inadmissível a pronúncia do réu, com lastro probatório produzido em juízo, fundamentada supletivamente em elementos informativos colhidos na fase inquisitorial;

admissível a pronúncia do réu, sem qualquer lastro probatório produzido em juízo, desde que haja pedido de produção de provas em plenário;

inadmissível a pronúncia do réu, com lastro probatório produzido em juízo, sem que haja a reprodução perante o Conselho de Sentença.