Desafios do Negociador Trabalhista a Partir do Método Harvard

Coordenado pela professora e ex-desembargadora Vólia Bomfim, a quarta edição do Congresso Regional da Academia Brasileira de Direito do Trabalho ocorreu em março de 2020. No evento, doze desembargadores, juízes e advogados renomados fizeram uma análise do mercado com base na Reforma Trabalhista, no Direito do Trabalho e no Direito Processual do Trabalho. Patrocinado pelo Instituto de Direito Real, o Congresso foi promovido pela Academia Brasileira de Direito do Trabalho. Nele, os palestrantes debateram a respeito de temas importantes e atuais do cenário trabalhista brasileiro. Os dois dias de evento resultaram em mais de dez horas de conteúdos enriquecedores. 

O advogado José Affonso Dallegrave escolheu falar sobre os “Desafios do negociador trabalhista a partir do método Harvard” que, segundo ele, trata-se de um tema que “não é só jurídico e sim metajurídico”. Formado pela Faculdade de Direito de Curitiba, ele possui mestrado e doutorado em Direito das Relações Sociais pela Universidade Federal do Paraná. Ao longo dos seus 33 anos de carreira, José Affonso lecionou em diversas instituições e foi autor e coautor de obras relacionadas ao Direito. 

 

Ainda pouco conhecido no âmbito jurídico, o Método Harvard parte da premissa de que os princípios devem ser a base da negociação e os negociadores devem focar em critérios objetivos e soluções que beneficiem ambas as partes envolvidas. Essa metodologia é explicada no livro “Como chegar ao sim”, de Roger Fisher, William Ury e Bruce Patton. 

De acordo com José Affonso, essa técnica pode ser aplicada em diversas situações e, por isso, durante a palestra, buscou mostrar como é possível inseri-la na área do Direito. Para o advogado, “negociação é técnica, carisma, preparo, é o momento de você chegar ou sair de cena” e continua: “a negociação e o perfil do bom negociador exige cultura, quanto mais você conhecer a área, melhor”.

Na palestra, José Affonso abordou também os dois métodos de negociação existentes no Brasil– competitivo e colaborativo. O primeiro consiste em uma “queda de braço entre o autor e réu”. E o segundo visa a comunhão dos interesses, a conciliação, a flexibilização e a solução.   De acordo com o advogado, o método competitivo é aquele “costumeiro nas audiências trabalhistas”. 

Com o objetivo de deixar ainda mais claro o Método de Harvard, o advogado trouxe para o debate exemplos práticos de como este instrumento pode ser utilizado. Confira a palestra completa de José Affonso Dallegrave clicando no vídeo. 

Juliana Valente – Jornalista/Redatora