O que é a Síndrome de Burnout?

Descubra o que é a Síndrome de Burnout, os sintomas, impactos nas relações de trabalho e tratamentos disponíveis, incluindo suporte legal para afetados.

Por Giovanna Fant - 11/09/2024 as 13:14

A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico e emocional que se manifesta através de exaustão extrema, esgotamento físico e estresse. 

Comum em profissionais que estão constantemente sob pressão, a síndrome está registrada no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e pode se estender a quadros de depressão profunda.

Neste artigo, confira o que é, quais sintomas e qual tratamento para a Síndrome de Burnout.

O que é Síndrome de Burnout?

Também conhecida como Síndrome do Esgotamento, a Síndrome de Burnout consiste em um distúrbio emocional manifestado por meio de exaustão extrema, esgotamento físico e estresse resultantes de situações desgastantes e excessivas no ambiente de trabalho.

Profissionais da área da saúde, educação, assistência social, recursos humanos, mulheres que praticam a dupla jornada, agentes penitenciários, bombeiros e policiais são mais propensos a desenvolver o transtorno devido ao envolvimento direto e intenso.

Os principais sintomas que permitem a identificação da síndrome são:

  • Mudanças bruscas de humor

  • Insônia

  • Distúrbios gastrintestinais

  • Crises de asma

  • Cansaço excessivo

  • Sudorese

  • Agressividade

  • Dores de cabeça

  • Enxaqueca

  • Ausência no trabalho

  • Irritabilidade

  • Isolamento

  • Lapsos de memória

  • Pressão alta

  • Palpitação

  • Dificuldade de concentração

  • Baixa autoestima

  • Pessimismo

  • Ansiedade

  • Depressão

Qual o impacto da Síndrome de Burnout nas relações de trabalho?

O impacto da Síndrome de Burnout nas relações de trabalho vem sendo cada vez mais reconhecido no ambiente jurídico e empresarial. O esgotamento físico e emocional, causado por condições excessivas de trabalho, afeta diretamente a saúde mental dos trabalhadores, resultando em queda de produtividade e aumento de conflitos no ambiente corporativo.

A inclusão do Burnout como doença ocupacional pela Lei 8.213/91 (alterada pelo Decreto 6.042/07) fortalece o reconhecimento jurídico do problema. A pressão por metas agressivas e cobranças excessivas agravam o cenário, aumentando os afastamentos por doenças e a rotatividade de funcionários.

Empresas que negligenciam o bem-estar de seus colaboradores podem enfrentar sérias consequências, como maior número de afastamentos e prejuízos à produtividade. Assim, a legislação trabalhista, ao reconhecer o Burnout como doença ocupacional, amplia a responsabilidade dos empregadores na criação de ambientes de trabalho saudáveis e equilibrados. O desafio agora está em implementar ações preventivas eficazes, focadas em reduzir os fatores que geram estresse excessivo e melhoram a qualidade de vida no ambiente corporativo.

Qual é o Tratamento para a Síndrome de Burnout?

O tratamento da Síndrome de Burnout envolve prescrição médica de antidepressivos e psicoterapia. Além disso, atividades físicas e técnicas de relaxamento são recomendadas para ajudar a controlar os sintomas. Ao identificar os sinais, é crucial procurar um psicoterapeuta ou psiquiatra para iniciar o tratamento o quanto antes.

O SUS oferece tratamento gratuito para transtornos mentais, e o paciente pode ter direito a licença médica. Em casos graves, pode ser concedida aposentadoria por invalidez, conforme previsto na legislação vigente.