A Síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico e emocional que se manifesta através de exaustão extrema, esgotamento físico e estresse.
Comum em profissionais que estão constantemente sob pressão, a síndrome está registrada no grupo 24 do CID-11 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e pode se estender a quadros de depressão profunda.
Neste artigo, confira o que é, quais sintomas e qual tratamento para a Síndrome de Burnout.
O que é Síndrome de Burnout?
Também conhecida como Síndrome do Esgotamento, a Síndrome de Burnout consiste em um distúrbio emocional manifestado por meio de exaustão extrema, esgotamento físico e estresse resultantes de situações desgastantes e excessivas no ambiente de trabalho.
Profissionais da área da saúde, educação, assistência social, recursos humanos, mulheres que praticam a dupla jornada, agentes penitenciários, bombeiros e policiais são mais propensos a desenvolver o transtorno devido ao envolvimento direto e intenso.
Os principais sintomas que permitem a identificação da síndrome são:
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Mudanças bruscas de humor
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Insônia
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Distúrbios gastrintestinais
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Crises de asma
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Cansaço excessivo
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Sudorese
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Agressividade
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Dores de cabeça
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Enxaqueca
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Ausência no trabalho
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Irritabilidade
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Isolamento
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Lapsos de memória
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Pressão alta
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Palpitação
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Dificuldade de concentração
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Baixa autoestima
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Pessimismo
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Ansiedade
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Depressão
Qual o impacto da Síndrome de Burnout nas relações de trabalho?
O impacto da Síndrome de Burnout nas relações de trabalho vem sendo cada vez mais reconhecido no ambiente jurídico e empresarial. O esgotamento físico e emocional, causado por condições excessivas de trabalho, afeta diretamente a saúde mental dos trabalhadores, resultando em queda de produtividade e aumento de conflitos no ambiente corporativo.
A inclusão do Burnout como doença ocupacional pela Lei 8.213/91 (alterada pelo Decreto 6.042/07) fortalece o reconhecimento jurídico do problema. A pressão por metas agressivas e cobranças excessivas agravam o cenário, aumentando os afastamentos por doenças e a rotatividade de funcionários.
Empresas que negligenciam o bem-estar de seus colaboradores podem enfrentar sérias consequências, como maior número de afastamentos e prejuízos à produtividade. Assim, a legislação trabalhista, ao reconhecer o Burnout como doença ocupacional, amplia a responsabilidade dos empregadores na criação de ambientes de trabalho saudáveis e equilibrados. O desafio agora está em implementar ações preventivas eficazes, focadas em reduzir os fatores que geram estresse excessivo e melhoram a qualidade de vida no ambiente corporativo.
Qual é o Tratamento para a Síndrome de Burnout?
O tratamento da Síndrome de Burnout envolve prescrição médica de antidepressivos e psicoterapia. Além disso, atividades físicas e técnicas de relaxamento são recomendadas para ajudar a controlar os sintomas. Ao identificar os sinais, é crucial procurar um psicoterapeuta ou psiquiatra para iniciar o tratamento o quanto antes.
O SUS oferece tratamento gratuito para transtornos mentais, e o paciente pode ter direito a licença médica. Em casos graves, pode ser concedida aposentadoria por invalidez, conforme previsto na legislação vigente.