Negada Liberdade a Bailarina Acusada de Auxiliar PCC

Ministro Herman Benjamin do STJ nega habeas corpus a bailarina acusada de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital.

A bailarina e influenciadora digital, presa desde 14 de novembro por suposto envolvimento em esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), teve sua prisão preventiva mantida pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin. A recusa do pedido liminar em habeas corpus se deu durante o plantão, sem necessidade de intervenção imediata, segundo o ministro.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que já havia mantido a prisão, indicou que a influencer teria relações com um dos principais líderes do PCC, movimentando mais de R$ 15 milhões suspeitos entre 2014 e 2024 e recebendo valores duvidosos na conta de sua empresa. O TJRN ainda ressaltou que ela estava com o líder do PCC no momento de sua recaptura e o visitou várias vezes na prisão.

O decreto de prisão preventiva foi fundamentado na necessidade de cessar as atividades do grupo criminoso, com o acórdão do TJRN mencionando que o líder continuou operações de lavagem com o auxílio da influencer, mesmo após detido. A defesa da bailarina argumentou falta de provas de autoria e materialidade dos crimes, mas o ministro Benjamin destacou que o exame mais aprofundado será feito pelo julgamento definitivo da Sexta Turma do STJ, sob relatoria do ministro Rogerio Schietti Cruz.

Os crimes imputados à bailarina pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) incluem lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e participação em organização criminosa, vinculados à Operação Plata.

Processo relacionado a esta notícia: HC 970930.